terça-feira, 25 de setembro de 2012

Projeto Bom de Bola Dez na Escola

Marcos (Marquinhos) - Técnico, Amauri Carneiro - Supervisor do Projeto e Carlos (Auxiliar Técnico)

A NASCE - Núcleo Assistencial Social Cultural Esportivo em Parceria com a Secretaria Municipal de Desporto e Lazer com o apoio do Governo Municipal de Viçosa do Ceará desenvolvem o Projeto Social Bom de Bola Dez na Escola, atendendo 35 crianças na categoria sub-12 e 35 na categoria sub-15. O Projeto Bom de Bola, Dez na Escola surgiu a partir da necessidade de mudar a vida de muitas crianças carentes integrando as mesmas num ambiente saudável e acompanhando a educação no processo escolar e ajudar os pequenos no fortalecimento de suas respectivas famílias. O Projeto vem por meio de suas atividades, propiciar uma aprendizagem que
Psicóloga Tanandra Veras
mobilize aspectos sociais e éticos ou seja, que os alunos sejam capazes de participar de atividades corporais respeitando o próximo, repudiando a violência, adotando hábitos saudáveis de higiene e alimentação e ter espírito crítico em relação a imposição de padrões de saúde, beleza e estética. Além de podermos inserir através do esporte e lazer as questões de cidadania, inclusão social, cuidados com a saúde e resgatando valores éticos, de forma que só o esporte e lazer conseguem atingir.
O Bom de Bola Dez na Escola visa propor um serviço qualificado na área esportiva, promovendo a socialização, o melhoramento e/ou manutenção das condições físicas, com reflexo psicossociais positivos, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida.
Paixão nacional e internacional. Esta é a definição popular para o futebol. Apesar de ser um esporte criado por ingleses, o reconhecimento maior é dado aos jogadores brasileiros, conhecidos pela habilidade, criatividade e domínio da técnica da “arte com os pés”.
Atletas estes que além do aprendizado técnico estão tendo também o apoio de psicólogos e assistente social com o objetivo de formar não somente atletas, mas também cidadãos de bem.

Com um objetivo em comum; possibilitar que esses aprendizes sonhem com a carreira de jogador de futebol profissional. O Projeto Bom de Bola Dez na Escola visa contribuir no desenvolvimento intelectual e físico das crianças de Viçosa do Ceará criando condições para a melhoria da qualidade de vida e o estimulo ao convívio social e coletivo, buscando assim resgatar valores esquecidos, construindo cidadãos conscientes de seu papel na sociedade, tendo conhecimento de seus deveres e direitos. Proporcionar através do esporte a formação das crianças e adolescentes regularmente matriculados nas escolas públicas do município de Viçosa do Ceará, visando a melhoria da qualidade de vida.

A educação é base do equilíbrio social e da cidadania. A formação dos cidadãos começa na infância e precisa ser bem orientada para que se desenvolvam na adolescência e juventude se solidificando assim na fase adulta. Portanto, as iniciativas sociais que buscam oferecer oportunidades e experiências positivas e saudáveis às pessoas são consideradas prioritárias em muitos países, inclusive no Brasil.
Entre as camadas sociais menos favorecidas, as dificuldades na formação do cidadão se potencializam, em virtude da falta de oportunidades, da discriminação e de outros fatores.
O esporte, especificamente o futebol, integrador social por excelência, amenizador de conflitos sociais, aquecedor da economia local e provedor direto e indireto de empregos, foi o mecanismo encontrado pelo projeto em questão, para contribuir na formação de cidadãos plenos e conscientes de suas responsabilidades. Afirmou o Secretário de Municipal de Desporto e Lazer e Diretor Esportivo da NASCE; Amauri Carneiro
Proporcionar ações de cunho cultural (realização de palestras, visando promover a interface da cultura com o esporte) e saúde escolar (abordagem da higiene, alimentação, educação, prevenção ao uso de drogas e orientação contra exploração sexual de crianças e adolescentes).
Proporcionar um reforço alimentar, por se tratar de atividades esportivas desenvolvidas no contra turno escolar, necessário ao público alvo, assim garantindo sua nutrição durante sua permanência no núcleo (projeto).
Atividades corporais; os alunos devem manter relações equilibradas e construtivas com os colegas, respeitando as características físicas e o desempenho de cada um.
Manter uma atitude de respeito e repudiar a violência. Situações lúdicas e esportivas devem desenvolver a solidariedade.
Aprender com a pluralidade. Conhecer diferentes manifestações de cultura corporal é uma forma de integrar pessoas e grupos sociais.
Ser capaz de reconhecer-se como integrante do ambiente. Os alunos devem adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais, percebendo seus efeitos sobre as próprias condições de saúde e sobre a melhoria da saúde de todos.
Praticar atividades de forma equilibrada. A regularidade e a perseverança, regulando e dosando o esforço de acordo com as possibilidades de cada um, permitindo o aperfeiçoamento das competências corporais.
Reconhecer as condições de trabalho que comprometem o desenvolvimento. Os estudantes devem identificar as atividades que põem em risco seu desenvolvimento físico, não aceitando para si, nem para os outros, condições de vida indignas.
Desenvolver espírito crítico em relação à imposição de padrões de saúde, beleza e estética. A sociedade divulga esses padrões, mas as crianças devem conhecer suas diversidades, compreender como estão inseridas na cultura que produz esses modelos, evitando o consumismo e o preconceito.
Reconhecer o lazer como um direito do cidadão. Os alunos devem ter autonomia para inferir no espaço e reivindicar locais adequados para as atividades de lazer.
“A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo dever da família, da comunidade, dar com absoluta prioridade a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária”.  (BRASÍLIA, Congresso Nacional: Estatuto da Criança e do Adolescente, 1995)